- +351 217 962 497 (chamada para a rede fixa nacional)
- Seg - Sex: 10h - 12h30 e 13h30 - 18h
- Rua de Entrecampos, 66 e 66A - Lisboa
A Associação dos Artesãos da Região de Lisboa
Quem somos - breve história e caracterização da Associação dos Artesãos da Região de Lisboa
Fundação e primeiros anos
A associação foi fundada a oito de Junho de 1982, por 18 artesãos, tendo como principal impulsionadora a Engª. Maria de Portugal. Foram objectivos iniciais a promoção e divulgação do artesanato, promovendo o escoamento dos trabalhos dos associados bem como a dignificação do trabalho manual, garantindo a qualidade e definindo-o como parte integrante do património cultural português.
A administração de cursos das diversas áreas das artes e ofícios, foi outra das vocações iniciais da AARL, que se mantem até aos dias de hoje, a par das anteriores.
Nos primeiros anos de existência a associação instalou sede provisória em casa da Presidente da Direcção e desenvolveu as suas actividades em lugares diversos, tais como uma loja na Avenida da Igreja e na antiga Fábrica Lusitana, ao Campo Pequeno.
Após quatro anos de existência, as acções levadas a cabo pela AARL levaram a Administração Central do Estado a atribuir-lhe o estatuto de Utilidade Publica, por despacho do Primeiro-ministro publicado em D.R. II Série nº 23 de 28.01.86.
Em 1988 a sede é fixada na Rua de Entrecampos, onde hoje ainda se encontra, através de protocolo firmado com o IEFP para a vertente da formação profissional.
Fundação e primeiros anos
A associação foi fundada a oito de Junho de 1982, por 18 artesãos, tendo como principal impulsionadora a Engª. Maria de Portugal. Foram objectivos iniciais a promoção e divulgação do artesanato, promovendo o escoamento dos trabalhos dos associados bem como a dignificação do trabalho manual, garantindo a qualidade e definindo-o como parte integrante do património cultural português.
A administração de cursos das diversas áreas das artes e ofícios, foi outra das vocações iniciais da AARL, que se mantem até aos dias de hoje, a par das anteriores.
Nos primeiros anos de existência a associação instalou sede provisória em casa da Presidente da Direcção e desenvolveu as suas actividades em lugares diversos, tais como uma loja na Avenida da Igreja e na antiga Fábrica Lusitana, ao Campo Pequeno.
Após quatro anos de existência, as acções levadas a cabo pela AARL levaram a Administração Central do Estado a atribuir-lhe o estatuto de Utilidade Publica, por despacho do Primeiro-ministro publicado em D.R. II Série nº 23 de 28.01.86.
Em 1988 a sede é fixada na Rua de Entrecampos, onde hoje ainda se encontra, através de protocolo firmado com o IEFP para a vertente da formação profissional.
Quatro décadas de actividade
A formação profissional foi sempre encarada pela associação como meio fundamental de preparação para garantir a entrada de novos artesãos no mercado de trabalho devendo aliar ao ensino prático uma sólida formação tecnológica e artística.
Desde os primórdios, logo em Março de 1985 iniciaram-se cursos de formação nas áreas da cerâmica, olaria, azulejaria, tecelagem, tapeçaria bordada, corte e costura, pintura de porcelana e tecido que tiverem papel relevante no aperfeiçoamento de professores de trabalhos oficinais.
Num horizonte mais vasto, como terapia ocupacional e valorização dos tempos livres dirigiram-se também os cursos a pessoas com necessidades especiais de aprendizagem, crianças, jovens e adultos de todas as profissões.
Os formadores da AARL, mestres experientes e qualificados, a maioria com Certificado de Competências Pedagógicas, asseguram um elevado nível de qualidade, praticando um tipo de formação personalizada com acompanhamento individual do formando, dirigida para os seus interesses específicos, ritmo e capacidade de aprendizagem.
As oficinas da AARL mantêm-se dinâmicas: noutra página deste site podem consultar-se as formações actuais e proceder-se à respectiva inscrição.
A participação em feiras e exposições, é essencial para os artesãos divulgarem e venderem os seus trabalhos, pelo contacto directo que proporcionam com o público.
São inúmeras as participações da AARL e seus artesãos em iniciativas organizadas por outras entidades, quer em Portugal quer no exterior. Nos primeiros anos da associação foram muito frequentes as representações a nível internacional, destacando-se as feiras de artesanato em Espanha – Bilbao, Madrid, Sevilha, Vigo; em França – Paris, Avignon, Gannat; Inglaterra –Londres; Suécia – Gotemburgo; Polónia; Bélgica; Itália – Florença; Mónaco e Angola.
A nível nacional destaque para a presença ininterrupta na FIA – Feira Internacional de Artesanato, mas também em Vila do Conde, Lagoa, Estoril, Tomar, Seixal, Alenquer, INATEL, Natalis e muitas outras.
A organização de feiras e exposições é actividade que acompanha a AARL desde a sua origem. A título ilustrativo observe-se o folheto da exposição “Monsanto 82”, organizada no restaurante panorâmico, então em funcionamento, logo no ano de formação da associação.
Um excelente exemplo de cooperação entre instituições e integração de novos artesãos no mercado foi a exposição temática “A Lisboa dos Pregões” em Julho de 1994, integrada na iniciativa “Lisboa, Capital do Artesanato 94″, no Palácio Foz, cujo espólio foi resultante de uma acção de formação profissional “Técnicos de Confecção de Têxteis”, promovida pela AARL e apoiada pelo IEFP/FSE. Esta acção foi acarinhada pela Direcção Geral de Turismo e contribuiu para o escoamento e divulgação dos produtos executados pelos doze formandos que constituíram o curso.
Em anos recentes a AARL tem promovido a realização de feiras ao ar livre, nomeadamente o “Encontro na Avenida” ou sob coberto como o “Encontro no Mercado” em Alvalade, bem como noutros locais (saiba mais em eventos neste site). Outra forma de comercialização são as Pop-up, lojas e exposições temporárias, realizadas sempre que se afigura possível.
A loja em funcionamento na sede é um lugar de permanente divulgação dos trabalhos dos artesãos e de encontro entre estes e o público, servindo também de mostruário para revendedores efectuarem as suas encomendas e local de procura para coleccionadores.
A Marca “Artesãos de Lisboa”, lançada nos últimos anos, funciona como veículo de promoção e identificação das iniciativas da AARL e nasceu da necessidade sentida de devolver a confiança aos consumidores, garantindo a genuinidade dos produtos artesanais. Brevemente os artesãos poderão utiliza-la a nível individual como instrumento de identificação da qualidade artesanal, apelativo e facilmente reconhecido.
Concursos: anualmente, desde a fundação, a AARL organiza dois concursos: Presépios e Tronos e Figuras de Stº. António, com participantes de todos os quadrantes e idades além de instituições colectivas. É uma tradição da associação, muito procurada por coleccionadores. O local das exposições varia: para além da Sede, realizaram-se edições na Biblioteca dos Coruchéus, CM Lisboa, Ginásio Clube Português, sede da Caixa Geral Depósitos, estação central dos Correios do Terreiro do Paço, Fórum Picoas, galeria do Palácio Cabral, Lojas da Baixa Pombalina, FIL Natalis, entre outros.
Quatro décadas de actividade
A formação profissional foi sempre encarada pela associação como meio fundamental de preparação para garantir a entrada de novos artesãos no mercado de trabalho devendo aliar ao ensino prático uma sólida formação tecnológica e artística.
Desde os primórdios, logo em Março de 1985 iniciaram-se cursos de formação nas áreas da cerâmica, olaria, azulejaria, tecelagem, tapeçaria bordada, corte e costura, pintura de porcelana e tecido que tiverem papel relevante no aperfeiçoamento de professores de trabalhos oficinais.
Num horizonte mais vasto, como terapia ocupacional e valorização dos tempos livres dirigiram-se também os cursos a pessoas com necessidades especiais de aprendizagem, crianças, jovens e adultos de todas as profissões.
Os formadores da AARL, mestres experientes e qualificados, a maioria com Certificado de Competências Pedagógicas, asseguram um elevado nível de qualidade, praticando um tipo de formação personalizada com acompanhamento individual do formando, dirigida para os seus interesses específicos, ritmo e capacidade de aprendizagem.
As oficinas da AARL mantêm-se dinâmicas: noutra página deste site podem consultar-se as formações actuais e proceder-se à respectiva inscrição.
A participação em feiras e exposições, é essencial para os artesãos divulgarem e venderem os seus trabalhos, pelo contacto directo que proporcionam com o público.
São inúmeras as participações da AARL e seus artesãos em iniciativas organizadas por outras entidades, quer em Portugal quer no exterior. Nos primeiros anos da associação foram muito frequentes as representações a nível internacional, destacando-se as feiras de artesanato em Espanha – Bilbao, Madrid, Sevilha, Vigo; em França – Paris, Avignon, Gannat; Inglaterra –Londres; Suécia – Gotemburgo; Polónia; Bélgica; Itália – Florença; Mónaco e Angola.
A nível nacional destaque para a presença ininterrupta na FIA – Feira Internacional de Artesanato, mas também em Vila do Conde, Lagoa, Estoril, Tomar, Seixal, Alenquer, INATEL, Natalis e muitas outras.
A organização de feiras e exposições é actividade que acompanha a AARL desde a sua origem. A título ilustrativo observe-se o folheto da exposição “Monsanto 82”, organizada no restaurante panorâmico, então em funcionamento, logo no ano de formação da associação.
Um excelente exemplo de cooperação entre instituições e integração de novos artesãos no mercado foi a exposição temática “A Lisboa dos Pregões” em Julho de 1994, integrada na iniciativa “Lisboa, Capital do Artesanato 94″, no Palácio Foz, cujo espólio foi resultante de uma acção de formação profissional “Técnicos de Confecção de Têxteis”, promovida pela AARL e apoiada pelo IEFP/FSE. Esta acção foi acarinhada pela Direcção Geral de Turismo e contribuiu para o escoamento e divulgação dos produtos executados pelos doze formandos que constituíram o curso.
Em anos recentes a AARL tem promovido a realização de feiras ao ar livre, nomeadamente o “Encontro na Avenida” ou sob coberto como o “Encontro no Mercado” em Alvalade, bem como noutros locais (saiba mais em eventos neste site). Outra forma de comercialização são as Pop-up, lojas e exposições temporárias, realizadas sempre que se afigura possível.
A loja em funcionamento na sede é um lugar de permanente divulgação dos trabalhos dos artesãos e de encontro entre estes e o público, servindo também de mostruário para revendedores efectuarem as suas encomendas e local de procura para coleccionadores.
A Marca “Artesãos de Lisboa”, lançada nos últimos anos, funciona como veículo de promoção e identificação das iniciativas da AARL e nasceu da necessidade sentida de devolver a confiança aos consumidores, garantindo a genuinidade dos produtos artesanais. Brevemente os artesãos poderão utiliza-la a nível individual como instrumento de identificação da qualidade artesanal, apelativo e facilmente reconhecido.
Concursos: anualmente, desde a fundação, a AARL organiza dois concursos: Presépios e Tronos e Figuras de Stº. António, com participantes de todos os quadrantes e idades além de instituições colectivas. É uma tradição da associação, muito procurada por coleccionadores. O local das exposições varia: para além da Sede, realizaram-se edições na Biblioteca dos Coruchéus, CM Lisboa, Ginásio Clube Português, sede da Caixa Geral Depósitos, estação central dos Correios do Terreiro do Paço, Fórum Picoas, galeria do Palácio Cabral, Lojas da Baixa Pombalina, FIL Natalis, entre outros.
Contribuições e visão para a organização do sector
Nos anos oitenta eram escassas as associações e cooperativas existentes no sector do artesanato. Poucos anos após o seu aparecimento a AARL contava com centenas de associados, facto revelador da necessidade de organização. Os seus Estatutos e funcionamento serviriam nos anos subsequentes de modelo a outras associações de artesanato então fundadas, com as quais a AARL manteria relações de intercâmbio de experiências e conhecimentos.
A necessidade de o sector ter uma voz efectiva, fez os responsáveis da AARL acreditar que seria possível organizar os artesãos em estruturas representativas.
Em Agosto de 1988 foi constituída a FAL – Federação das Associações de Artesanato da Grande Lisboa, de iniciativa da AARL conjuntamente com outra associação então existente, o Centro de Artesanato de Lisboa.
A CNAP – Confederação Nacional dos Artesãos de Portugal foi constituída no seguimento, em Setembro de 1988. Tendo como grande impulsionadora a AARL, foram sócias fundadoras seis associações do norte, centro e sul de Portugal.
A sede nacional provisória da CNAP e o secretariado funcionaram nas instalações da AARL. A CNAP tinha como objecto principal “representar as associações de artesanato de Portugal (e) Promover por todos os meios a valorização do artesanato e dos artesãos”[…]. Nos seus estatutos previa-se uma forma de organização muito participativa e alargada, organizando-se os corpos gerentes em Congresso, Assembleia Plenária, Conselho Nacional e Comissão Directiva.
Os primeiros tempos foram de muita actividade, com apresentações à comunicação social, definição de objectivos, regulamentação, contactos com instituições e adesão de outras associações.
Em Junho de 1990 a CNAP organiza o 1º Encontro Nacional de Artesãos, na cidade de Évora. Contou com a presença do Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional. Entre várias ideias em debate, ganhou força o que mais tarde viria a designar-se como Estatuto do Artesão.
Esta iniciativa gerou infelizmente atritos internos que levaram a Comissão Directiva da CNAP a demitir-se, não tendo as treze associações então confederadas a capacidade de entendimento para dar continuidade à organização.
A falta de representatividade do sector continuou por anos a ser sentida e reconhecida. Em 2001 é constituída a FPAO – Federação Portuguesa de Artes e Ofícios, a que a AARL adere em 2016. Mas sem acção relevante e bloqueada à renovação, não agrega nem exprime devidamente o sector. Este impasse aumenta a relevância e responsabilidade das associações de base, como é a AARL, na representação, defesa e promoção dos artesãos e do artesanato.
Contribuições e visão para a organização do sector
Nos anos oitenta eram escassas as associações e cooperativas existentes no sector do artesanato. Poucos anos após o seu aparecimento a AARL contava com centenas de associados, facto revelador da necessidade de organização. Os seus Estatutos e funcionamento serviriam nos anos subsequentes de modelo a outras associações de artesanato então fundadas, com as quais a AARL manteria relações de intercâmbio de experiências e conhecimentos.
A necessidade de o sector ter uma voz efectiva, fez os responsáveis da AARL acreditar que seria possível organizar os artesãos em estruturas representativas.
Em Agosto de 1988 foi constituída a FAL – Federação das Associações de Artesanato da Grande Lisboa, de iniciativa da AARL conjuntamente com outra associação então existente, o Centro de Artesanato de Lisboa.
A CNAP – Confederação Nacional dos Artesãos de Portugal foi constituída no seguimento, em Setembro de 1988. Tendo como grande impulsionadora a AARL, foram sócias fundadoras seis associações do norte, centro e sul de Portugal.
A sede nacional provisória da CNAP e o secretariado funcionaram nas instalações da AARL. A CNAP tinha como objecto principal “representar as associações de artesanato de Portugal (e) Promover por todos os meios a valorização do artesanato e dos artesãos”[…]. Nos seus estatutos previa-se uma forma de organização muito participativa e alargada, organizando-se os corpos gerentes em Congresso, Assembleia Plenária, Conselho Nacional e Comissão Directiva.
Os primeiros tempos foram de muita actividade, com apresentações à comunicação social, definição de objectivos, regulamentação, contactos com instituições e adesão de outras associações.
Em Junho de 1990 a CNAP organiza o 1º Encontro Nacional de Artesãos, na cidade de Évora. Contou com a presença do Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional. Entre várias ideias em debate, ganhou força o que mais tarde viria a designar-se como Estatuto do Artesão.
Esta iniciativa gerou infelizmente atritos internos que levaram a Comissão Directiva da CNAP a demitir-se, não tendo as treze associações então confederadas a capacidade de entendimento para dar continuidade à organização.
A falta de representatividade do sector continuou por anos a ser sentida e reconhecida. Em 2001 é constituída a FPAO – Federação Portuguesa de Artes e Ofícios, a que a AARL adere em 2016. Mas sem acção relevante e bloqueada à renovação, não agrega nem exprime devidamente o sector. Este impasse aumenta a relevância e responsabilidade das associações de base, como é a AARL, na representação, defesa e promoção dos artesãos e do artesanato.
O presente
A AARL congrega actualmente cerca de seis centenas de associados, espalhados de norte a sul do país. Embora mantenha o essencial da sua actividade centrado na região de Lisboa é desde há muito uma associação de abrangência nacional.
Todos os dias a AARL procura concretizar os seus objectivos. É uma instituição que acompanha o seu tempo, reconhece os novos desafios mas não esquece a sua herança, os valores do artesanato, o seu papel na sociedade e na cultura. O recente episódio pandémico mobilizou muitos associados na procura de soluções, de que resultou uma intervenção alargada junto das estruturas de decisão.
Muito caminho foi percorrido para apenas constatarmos o muito que falta percorrer: da procura de soluções estáveis para a viabilidade económica dos artesãos à luta contra a concorrência desleal; da intensificação da transmissão do saber fazer em oposição ao esquecimento e perda das técnicas artesanais; da integração do artesão nas novas tecnologias mas sem perder o sentido de proximidade e comunidade; na procura de modelos de organização colectiva que unam mas respeitem a pluralidade.
Mas sobretudo a dignificação do individuo que se assume como artesão, na certeza de que mais do que uma forma de vida esta é uma muito singular e relevante forma de estar na vida.
(Recolha de elementos e texto: Paulo Gonçalves, Presidente da Direcção – 2021)